Lilypie First Birthday tickers

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quinta-feira, 24 de março de 2011

Razões

Eu sempre quis ser mãe, sempre. Mas isso não quer dizer que esse era meu grande sonho de menina. Aliás, bem cedo eu larguei as bonecas e adorava brincar de escritório! Mas, nunca tive dúvidas de que depois de ter plantado aquele feijãozinho na escola, eu queria completar as outras duas missões do ser humano: Escrever um livro (essa a mais difícil de todas, rs) e ter um filho.

Apesar de ter essa decisão bem clara na minha cabeça, eu tinha outra que era mais clara ainda: eu sabia que eu não queria ser mãe muito nova. Minha neura com isso era tão grande que com o meu primeiro namorado eu tomava pílula e ainda usávamos camisinha. Eu me resguardava de todo jeito.

Claro que isso é o que a gente tenta racionalmente, mas a vida às vezes toma seu próprio rumo, e tudo poderia ter sido diferente, mas não foi.

Eu não queria ser uma mãe muito nova porque eu sempre comparava a vida dessa criança com a minha, e desde sempre eu queria que fosse bem diferente. Não que eu não tenha tido uma infância feliz, afinal, as crianças vivem em um mundo a parte, mas também não posso dizer que foi um mar-de-rosas. Vivi pendengas que vocês nem podem imaginar, e minha mãe trabalhava demais, o que me dava um vazio enorme. Mas o maior de todos os motivos para eu não querer ser uma mãe muito jovem era um só: Precisava ser O PAI!

Dizem que quando a gente procura um homem pra chamar de nosso projetamos o nosso pai no coitado. Eu projetava sim, mas não o meu pai, já que eu sou independente desde muito cedo. Comecei a trabalhar com 15 anos e com 16 eu já sabia a profissão que eu queria seguir. Nunca precisei do meu pai pra nada, ou melhor, é claro que precisei, mas o papel dele na minha vida era apenas figurativo. Então eu decidi que só queria ter um filho com um cara que quisesse ser pai tanto quanto eu queria ser mãe. E isso minha gente, demora né?!!! Não é todo dia que você esbarra no príncipe encantado disposto a casar e construir uma família de verdade.

E então que eu me casei com 28 anos, ou seja, minha profecia se cumpriu e eu realmente só me tornei mãe depois dos trinta.

Graças a Deus, meu marido além de ser o amor da minha vida, será, ou melhor, já é um pai fantástico! Ele é exatamente o oposto do meu pai! E isso era tudo o que eu queria! Mas por favor, não me entendam mal, amo o meu pai e hoje em dia nos damos super bem, mas ele foi super ausente, tanto financeiramente como no quesito atenção, amor, carinho, etc....

Não posso prever como será a relação da minha filha com o pai, mas pelo menos posso dizer que fiz de tudo para que ela seja feliz com aquele que a ajudou a trazer ao mundo. Quanto a mim, farei o impossível pra ser uma boa mãe, sei que nem sempre a gente acerta, mas pelo menos, tenho esse sonho!

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